domingo, fevereiro 25, 2007

macarrão a putanesca adaptado aos ingredientes

final de semana de massas.
fazia tempo que não comia tanto macarrão. ainda mais nesta dieta vegetariana que estou incorporando, não sobra muito espaço para o bom e velho macarrãozinho. mas resolvi quebrar a dieta um pouquinho e fiz outra massa, depois do curry.
queria fazer a putanesca. lembro que meu pai fez na primeira vez que experimentei e achei dos deuses! inesquecível! além do nome, bem sugestivo. para quem não sabe, macarrão a putanesca vai azeitonas pretas, alcaparras, anchovas e um pouco de molho de tomate. é um molho mais seco, que incorpora a massa.
mas estava sem o principal: anchovas e azeitonas pretas. fiz a minha versão:
- 1 lata de atum;
- 1 porção de alcaparras (vai a gosto, mas sugiro 2 colheres de sopa);
- azeitonas verdes (usei o que tinha na geladeira, que eram umas 12);
- 1/2 xc de purê de tomate;
- 1/2 pacote de massa de sua preferência (usei penne);
- 1/2 cebola;
- 2 dentes de alho.
cozinhe o macarrão conforme indicação do pacote. se tiver oportunidade, use massas italianas. di cicco, divela, barilla,... se alguém tiver sugestão de alguma massa nacional boa, aceito, mas até o momento, não achei nenhuma.
aqueça um pouco de azeite e refogue a cebola picadinha e em seguida, coloque o alho também picadinho. misture as alcaparras e as azeitonas devidamente picadas (não se esqueça de tirar o caroço das azeitonas) e acrescente o atum escorrido. junte o purê de tomate e um pouco de água. quando incorporar tudo, coloque o macarrão. misture e experimente o sal. as alcaparras e as azeitonas são salgadas, além do atum que já vem temperado. muitas vezes não é necessário salgar mais. e só.
acho que de putanesca só tinha as alcaparras mesmo, né? vou pensar em outro nome para batizar esta receita. aceito sugestões.

macarrão com curry

estava sem nada na geladeira e com preguiça de ir ao supermercado, tendo que fazer um almocinho para nós. analisei o que tinha de ingredientes e decidi fazer um macarrão. uso sempre aquelas "short pasta", quer dizer, macarrão curto, se é que é chamado assim. aqueles tipo parafuso, gravatinha, penne,... não curto espaghetti. além disso, era o que eu tinha em mãos. tinha também diversos tipos de proteína de soja, mas o maior problema era a falta de temperos. sem salsinha, cebolinha, coentro, pimentão, tomate... tinha cebola e alguns temperos em pó e ervas secas. lembrei de um macarrão com curry que comia no japão e resolvi tentar. seguinte:
- 1/2 pacote de short pasta;
- 1 xc de proteína de soja tipo grande;
- 1/2 cebola picada;
- 2 tabletes de caldo de carne;
- curry a gosto.
ferva a proteína de soja em água abundante por uns 3 minutos. retire da água, esprema para tirar o excesso, junte os tabletes de caldo de carne e misture para pegar o gosto. acrescente um pouco de pó de curry e reserve. neste meio tempo, ferva a água do macarrão e cozinha conforme manda a embalagem. cuidado para não amolecer demais. refogue a cebola picadinha em um pouco de óleo ou azeite e acrescente a proteína de soja. misture o macarrão já cozido e escorrido e coloque mais curry a gosto. eu adoro comida ardidinha, mas o curry que tenho só dá cheiro e cor. o sabor é muito fraco. vou ver se acho um indiano legítimo. enfim, coloque um pouquinho de água para o curry incorporar melhor na massa. experimente para ver se está bom de sal (os tabletes de caldo de carne têm sal o suficiente, dependendo do gosto).
e pronto! fácil, rápido e aprovadíssimo pelo meu faminto noivo.

sábado, fevereiro 03, 2007

restaurante - gula santa - vilas do atlântico - parte II

novamente almoço do gula santa.
estávamos famintos, pois os afazeres domésticos nos fizeram almoçar somente às 15 e tantas da tarde. chegamos ao santa gula com o estômago nas costas.
o garçon, muito gentilmente, nos indicou o carpaccio como entrada. eu adoro e andré nunca tinha comido. aceitei a sugestão. maravilhoso! fatias finíssimas com um molho de alcaparras e fatias de parmesão, no ponto. e não venham de dizer que a fome ajudou porque meu paladar é muito chato e quando estou com fome, fica mais chato ainda.
pedi como prato principal uma lula recheada com um nome sugestivo que não vou me recordar agora. e andré ficou com um mil folhas de bacalhau.
notei que o cardápio estava diferente do outro dia que estivemos lá e o garçon confirmou que de 2 em 2 meses, mais ou menos, pretendiam variar o cardápio para que os clientes não enjoassem da comida. achei ótimo!
a minha lula era divina! duas lulas recheadas com batatas, presunto parma, salsinha, e acompanhamento de batatas doces grelhadas. a tal das mil folhas de andré nada mais era do que um tipo de lazanha de bacalhau. folhas de lazanha intercaladas de molho de tomate (feito com pedaços de tomates) e bacalhau desfiado. delicioso!
lá pelas tantas, aparece um dos chefs super falador e simpático perguntando o que estávamos achando. elogiamos muito e ele disse que pouca gente gosta de lula, mas como ele gosta, colocou no cardápio. eu que adoro frutos do mar em geral, agradeci muito. e quanto ao outro prato, ele disse que se chamasse de lazanha de bacalhau, pouca gente iria querer. achou mais original o nome mil folhas.
muito bem humorado, contou que gosta de inovar o cardápio e trazer coisas diferentes. disse que vai incorporar uma feijoada com lagostae que está desenvolvendo uma receita de acarajé com lagostim frito em azeite de oliva, não em dendê. estou ansiosa para experimentar!
a sobremesa foi um sorvete de pistache (sou fã) e claro, trouxemos uns pasteizinhos de belém para comer em casa, o que aliás, farei daqui a pouco.
comprovadíssima a qualidade deste restaurante. sinto não entender de vinhos para poder sugerir algumas opções para acompanhamento dos pratos. nem cheguei a ver a carta de vinhos do restaurante.
ah! o garçon sugeriu para que fôssemos à noite que é mais fresco (não há ambiente climatizado no local. somente alguns ventiladores, o que pode ser um tanto quente nesta época do ano). ficam abertos até as 23h.

restaurante - gula santa - vilas do atlântico parte I

faz tempo que não escrevo sobre restaurantes. vou procurar variar os conteúdos, sendo alguns de receitas e outros de restaurantes que valham a pena ser mencionados.
este certamente é um deles. gula santa, um restaurante novo em vilas do atlântico em lauro de freitas, bahia. só esta semana já estive lá por duas ocasiões e não me arrependi de nenhuma delas. o restaurante funciona onde antes era uma creperia. esta, não era nenhuma 8a maravilha do mundo, mas honesta. fechou e fiquei intrigada quando vi outro nome no mesmo local. não havia tido oportunidade de conhecer e confesso que imaginava um restaurante tipo buffet ou outro por quilo da região. acabamos, eu e meu noivo, andré, indo a primeira vez esta semana.
tinha um quadro na entrada que oferecia o prato do dia como sendo um salmão e doces portugueses de sobremesa. no cardápio, uma variedade de pratos, sendo a maioria, bacalhau.
pedi uma salada de bacalhau e andré, o prato do dia. o garçon, que aliás era muito bem treinado e educadíssimo, informou que não havia rúcula para a salada, mas poderia substituir por alface americana. não vi problemas.
ambos os pratos bem servidos e deliciosos. o salmão parecia ser assado, veio meio desfiado sobre uma camada de batatas cozidas e douradas, com um pouco de cebola e salsinha. a salada, além da alface e do bacalhau fazia parte também beterraba e cenouras, além de passas brancas com um molho que infelizmente não consegui identificar, mas muito saboroso.
finalizamos o almoço com um capuccino delicioso. aliás, uma observação. pedi o capuccino e quando chegou, fiquei meio com um pé atrás quando vi uma espuminha de chantily na xícara. não sou muito fã de chantily por ser normalmente muito gorduroso. mas experimentei e qual não foi minha surpresa quando me deparei com um chantily super delicado e leve.
não tivemos tempo nem estômago para ingerir mais nada, mas tínhamos que experimentar as sobremesas.
pedi para viagem pastéis de belém e um folhado de baunilha. aliás, estava atrás desse folheado desde setembro, quando fomos para são paulo e comemos um bolo de massa folhada no aniversário do andré. fiquei um desejo até agora e não havia em salvador nenhuma doceria que tivesse doce de massa folhada. matei a vontade.
à noite, em casa, comemos os doces. maravilhosos!! pena que não super engordativos, com muito açúcar e gemas de ovos. mas de vez em quando, é bom se dar esses presentinhos.
ah! outro detalhe que me esqueci de contar.
o restaurante é de 4 sócios portugueses. dois deles vieram conversar conosco para saber o que tínhamos achado da comida. um deles era um dos chefs. considero isso um ótimo sinal de que o negócio é realmente sério.
me lembrei do restaurante don curro que costumava ir com o meu pai, lá em são paulo, todos os meus últimos jantares antes de retornar ao japão (quando morava por aquelas bandas), onde o próprio don curro andava mesa por mesa perguntando sobre o jantar. coisa de quem realmente se preocupa com o seu restaurante.
aprovadíssimo! quem puder frequentar, vá, pois um lugar como esse deve ser preservado, uma vez que temos pouquissimas opções de bons lugares lá pros lados de vilas. ainda não sou residente de lauro de freitas, mas quando for, quero ter bons lugares para frequentar e não ter que me deslocar para salvador.