segunda-feira, outubro 30, 2006

chirashi zushi - um sushi diferente

esta receita é para quem acha que sushi é tudo igual (peixe cru com arroz).
para começo de conversa, a pergunta que não quer se calar: zushi? sushi?
é a mesma coisa. só que em japonês, quando tem uma palavra antecedendo o sushi, como no caso de chirashi, ou maki-zushi, inari-zushi (todos tipos de sushi), o su se torna zu. coisas da língua japonesa.
então, o que ser chirashi? poderia ser traduzido por "espalhado", talvez... na falta de tradução melhor, fico com esta, por enquanto. se alguém tiver alguma sugestão, aceito.
bom, chirashi-zushi é um sushi que não é feito como bolinhos ou enroladinho. trata-se de um arroz com tempero de sushi e alguns diversos ingredientes. no japão é um prato caríssimo, principalmente pelos ingredientes (camarão, ovas de peixe,...). a minha versão é a versão de primo pobre, mas nem por isso, pior no sabor.
vamos lá:
- 2 xc de arroz japonês lavados e cozidos em 2 xc de água (após a fervura, manter a panela tampada e cozinhar por mais uns 10 minutos. apagar o fogo e deixar assim por 1 hora mais ou menos);
- 1 cenoura cozida e picada à julienne (em tirinhas);
- 10 vagens picadas idem;
- 2 omeletes cortadas em tirinhas finas (quebrar 1 ovo, bater e levar à frigideira com um pouquinho de óleo. virar e tirar quando estiver no ponto. fazer o mesmo com o outro ovo.);
- 10 kani kama (aferventar e escorrer. cortar em tirinhas fininhas - se o kani tiver "fibras" e puder "desfibrá-los", melhor);
- 1/2 xc de cebolinha picada;
- tranferir o arroz para uma vasilha para que esfrie (use algum tipo de abanador ou leque para ajudar o processo. mexa o arroz sem que empape para esfriar mais rapidamente);
- quando estiver frio (morninho), esquentar em uma panelinha, 5 colheres de sopa de vinagre de arroz, 2 colheres de sopa de açúcar e colher de sobremesa de pitada de sal;
- assim que o açúcar derreter (não é para fazer uma calda!), apagar o fogo;
- esperar esfriar um pouco e jogar sobre o arroz;
- misturar com cuidado para não empapar e juntar todos os outros ingredientes;
- por cima da travessa, colocar nori picado (folhas de alga seca);
é um prato gostoso, leve e bonito. se quiserem incrementar com outros ingredientes, podem colocar ovas de peixe, camarão, uni (ouriço do mar), ...

ps. esse arroz temperado é a base de todos os sushis.

fase natureba

pois é... me rendi ao corte de carne vermelha. na verdade, estou tentando cortar todas as carnes, inclusive a minha. descobri maravilhada a carne de soja, proteína de soja, farelo de soja, enfim, qualquer coisa ou tudo de soja! tudibom!
saudável, barato e gostoso. precisa dizer mais?
estou ainda em fase experimental. faço todas as receitas da embalagem. já fiz quiabada de soja, molho de tomate de soja, quibe de soja, bife de soja... e estou me sentindo super bem com essa alimentação light. alimenta e não pesa. espero continuar assim porque o verão está chegando e os biquines exigem um corpo ao menos saudável.
dentre as receitas aprovadas, sugiro o kibe de forno?
- deixar de molho 1 xícara de trigo para quibe por pelo menos 1 hora e escorrer bem;
- 2 xícaras de proteína texturizada de soja (tipo fino)/
- colocar na panela com 3 xícaras de água, levar ao fogo por 3 minutos após a fervura;
- lavar bem e espremer o quanto puder (o ideal é que fique bem sequinho);
- esfarelar 2 tabletes de caldo de carne e juntar à proteína;
- triturar rapidamente no processador ou liquificador a proteína com os temperos (1 xc de cebola picada, 1 pimentão e 1 tomate picados, 1 pitada de cominho, 2 dentes de alho);
- misturar com o trigo, 1 xc de farinha de rosca e 1 ovo;
eu sugiro fazer um recheio de ricota. fica mais gostoso, com certeza.
recheio de ricota:
- 1 ricota despedaçada (com as mãos mesmo);
- 1/2 cebola ralada;
- 1/2 xc de hortelã picada;
- sal e pimenta do reino a gosto.
colocar em uma travessa refratária untada com um pouco de azeite, uma camada de kibe, por cima o recheio de ricota e por fim, outra camada de kibe.
assar em forno pré-aquecido em temperatura média, por pelo menos 45 minutos (veja a parte superior. quando estiver ficando douradinho, desligue e deixe dentro do forno para secar um pouco).
na hora de servir (que pode ser quente ou frio), colocar um pouco de limão, azeite e até uma pimentinha tipo tabasco. comer com pão sírio é tudibom!
outra sugestão para incrementar:
- colocar um pouco de castanha de caju picada na massa do kibe.

pasta/mousse de beringela

gents,
eu nas minhas incursões gastronômicas/culinárias tenho descobertos coisas bem interessantes.
primeiramente, estive um pouco afastada do blog, pois estou pleiteando uma vaga no mestrado da facom (faculdade de comunicação da universidade federal da bahia). os estudos estavam me consumindo. como agora é só esperar porque o estrago já foi feito (já entreguei o meu projeto para análise), tenho um pouco mais de tempo para me dedicar ao meu precioso hobby: la cocina!
bom, estava procurando uma receita de pasta de beringela árabe - babaganouch (babaganuj, sei lá. achei várias escritas diferentes). encontrei, mas não conseguiria fazer de acordo por não ter homus. então, inventei e o resultado foi algo muito... muito... diferente!
- pegar duas beringelas e colocá-las (uma de cada vez), diretamente no fogo do fogão;
- deixar queimar a casca;
- descascar e tirar as sementes (eu diria para tirar somente o excesso, mas será que tem como saber o que seria "excesso de semente"? bom, sugiro tirar um pouco do que for possível);
- bater no liquidificador com meia cebola, 3 dentes de alho, um pouquinho de coentro e salsinha, uma pitada de sal e pimenta do reino.
a receita é só isso. pode usar como pasta para comer com pão. só que descobri uma coisinha...
a consistência da dita pasta parece um mousse! então pensei cá com os meus botões: deve ficar bom como acompanhamento de algum tipo de carne - filé mignon, frango ou até mesmo peixe. e se colocar em uma forminha ou uma cumbuca redondinha e depois virar para desinformar, ficará parecendo um pudinzinho. gostosinho e lindinho!
vai por mim. simples, rápido, fácil e uma dilícia!!

domingo, outubro 01, 2006

pititinga e caldo de sururu

vc sabe o que é pititinga? pois é... eu achava que era um peixinho daqui do nordeste, mas minha curiosidade me fez buscar a origem e qual não foi minha surpresa quando descobri que nada mais é do que manjuba! fiquei assim assustada porque o sabor não se assemelha. mas acho que é porque quando comia em são paulo, a manjubinha era inteirinha, inclusive com as entranhas. as daqui são limpinhas, o que dá um sabor diferente. achei que seria uma novidade, mas feliz ou infelizmente, não é.
comprei um saco de pititinga congelada para fazer em casa. é um bom aperitivo.
tempere as pitititingas com alho picado, cebola ralada, sal e pimenta do reino a gosto.
deixe descansar um pouco (não precisa deixar muito pq qualquer tipo de pescado pega o gosto rapidinho);
passe na farinha de trigo e frite.
pode fazer um molho tártaro para acompanhar, com maionese, picles e mostarda. ou um vinagretezinho básico ou mesmo só algumas gotinhas de limão. com uma cervejinha gelada, tudibom!

caldo de sururu
o que ser sururu?? é um molusco, semelhante ao vôngole, mas sem o sabor tão forte quanto este. algum primo distante. na verdade, sempre comprei sururu limpo e não tenho muita noção de como seria a sua casca. mas é um molusco que dá em mangues daqui do nordeste e com ele se faz um caldo muito bom.
para que não sabe, caldo é como uma sopa, mas mais grossa. para mim, é sopa, mas se disse sopa aqui na bahia, remete-se àquela tipo canja, com o caldo e algumas coisinhas dentro e isso é normalmente, comida de doente. portanto, sopa é sopa e caldo é caldo.
faço o caldo de sururu da seguinte forma:
1 kg de sururu (lavar bem pq mesmo lavando, sempre sobra um pouco de areia que incomoda muito na hora de comer);
bater no liquidificador 4 tomates maduros, 4 cebolas grandes, 1 pimentão, alguns raminhos de coentro e 1 vidrinho de leite de coco.
misturar tudo com o sururu limpo e cozinhar, colocando mais um vidrinho de leite de coco, meia xícara de azeite de oliva (aqui chamam de azeite doce) e um pouco de dendê (tipo 1 colher de sopa, só para da a cor).
colocar um pouco de sal e deixar ferver. uns 10 ou 15 minutos no fogo e já pode ser servido. comer com uma pimentinha fica show! há quem goste de colocar um pouco de farinha de mandioca. fica a critério.

domingo - 01/10/06

domingão de sol!!
dia de eleição e de praia. sinto, mas ainda não tranferi meu título de eleitor para cá. fui justificar. depois, praia!! arembepe. para quem não conhece, uma praia ao norte de salvador, reduto de hippies. a praia é tranquila e desta vez não tinha barraca com som nas alturas. deve ter quebrado, por sorte nossa.
ficamos numa barraca chamada aritana. quem for das antigas, deve lembrar assim como eu, da novela da tupi onde o carlos alberto ricelli fazia o índio no papel principal. ri-dí-cu-lo!
bom, vamos ao que interessa. pedimos uma porção de lambreta (para quem não sabe, ler a nota sobre o tema algumas semanas atrás). disseram que era pequena, mas a porção era dupla, ou seja, 2 dúzias ao preço de uma. belê! temperinho bom, caldinho idem, mas acho que a preguiça fez com que não lavassem direito as bichinhas e tinha um pouco de areia no meio.
já que seria o nosso almoço, pedimos também um bolinho de bacalhau, que aliás, adoro! sou super fã de bacalhau. demorou, demorou e segundo o garçon, a cozinheira se esqueceu e deixou queimar a nossa porção. mas valeu a espera. maravilhosos! sequinhos e com bacalhau de verdade. engraçado essas coisas. em sampa é super comum a gente duvidar que o bolinho de bacalhau tem realmente bacalhau, que a casquinha de siri tem carne de siri de verdade, que a empadinha de camarão vai vir com camarão... por aqui, por mais simples que seja o lugar, nunca tive uma decepção igual, graças aos deuses! muito pelo contrário. enfim, bolinho de bacalhau nota 10!
por fim, pedimos carne de sol com aipim frito. para quem não conhece carne de sol, não confunda com carne seca. é um pouco diferente. a durabilidade também é outra. não dura tanto quanto a carne seca e nem é tão salgada. não sei ainda se é o processo de fabricação que é diferente. e vc compra carne de sol como carne de vaca normal, quer dizer, tem quase as mesmas partes.
quando faço, corto em pedacinhos, fervo umas duas vezes (comida salgada ninguém merece!) e seco. frito em manteiga ou margarina e quando estiver bem douradinhos, coloco rodelas de cebola. fica divino!
o da barraca aritana estava muito bom e o aipim também. em sampa, chamamos de mandioca, mas aqui dizem que a mandioca não se come por ser venenosa. também tenho que estudar a origem.
foi um bom domingo. me queimei além da conta (protetor solar mal passado...) mas deu para matar as saudades de uma boa praia. consegui também ler alguma coisa para o meu futuro segundo mestrado. quem quiser saber maiores detalhes, me escreva que eu conto. este blog é mais para falar de comidinhas mesmo.
beijinhos e boa semana.