segunda-feira, setembro 18, 2006

in brasília parte III

nossa última noite na capitar!!
como não tínhamos ido ao mexicano, ficou para esta última noite.

el nombre: el paso texas. tex-mex: comida mexicana do texas. nada contra. e até curti bem.
começamos com uma frozen margerita e uns nachos com chili.

margerita: quando faço em casa, não faço frozen. acho que meu liquidificador não suportaria. mas a que não é raspadinha, faço assim: 2 doses de tequila (branca, por favor!), 1 dose de curaçau branco (ou cointreau), 1 dose de suco de limão. misturar tudo no misturador com gelo e servir em um copo com as bordas enfeitadas de sal (molhe com limão e passe em um prato com sal para que grude).
a receita que tenho de chili, passo depois. é muito grande.


comemos uma série de coisinhas gostosinhas. tacos, burritos, nachos, ... comidinha honesta. nada de mais, nada de menos. pelo menos foi divertido.
prometo colocar algumas fotos (e uma foto revelação de natacha!!).
fim da história de brasília. retorno à salvador, almoço na casa dos sogros com o feijãozinho da dona sônia, e a comemoração atrasada do aniversário do andré, desta vez com o lado soteropolitano da família.

in brasília parte II

segunda noite.

o almoço não conta porque comemos um sanduichinho miserável, daqueles prontos em caixinha, sabe? coisas de universidade pública. sem comentários...

jantar: encontrei num mapinha da cidade que recebi, um restaurante mexicano. lá foi novamente a trupe de comunicólogos para mais uma noite gastronômica in brasília.
chegando na dita quadra (tudo em brasília é à base de quadras), havia outras opções além do mexicano. demos uma voltinha e nos deparamos com um restaurante português. acho que o bacalhau do dia anterior tinha deixado um gostinho que quero mais em todo mundo. entramos no tal português.

claro que pedimos um vinho da terrinha, né? muito bonzinho. e mal você se senta, lá vem o garçon servindo bolinhos de bacalhau. ai, jesus! bom, mas nada muito fantástico. pedimos dois tipos de bacalhau: a gomes de sá e a... como era mesmo? bom, o nome não me lembro, mas era gratinado com molho branco ou creme de leite.

enquanto esperávamos, lá vem mais bolinho... ai, ai, ai...

bom, provei os dois pratos, claro.
o bacalhau gratinado, achei bom, mas perdeu um pouco a autenticidade e o molho branco (ou creme de leite) acaba mascarando o sabor. o gomes de sá estava perfeito! e o acompanhamento, então. arroz! não um arrozinho branco, sem graça. um arroz de brócolis e outro de alho. 100000!!! só os arrozes já seriam uma belíssima refeição.

preciso aprender a fazer bacalhau, definitivamente. se bem que aqui em salvador já me disseram que tem um restaurante que é muito bom e barato. depois que eu for, aviso como é.
mais uma noite feliz!

in brasília parte I

sampa foi a maior correria, mas foi bom.

os próximos dias, foi em brasília, onde participamos no intercom (encontro nacional da área de comunicação).

brasília, cidade seca, seca, seca. nunca tive uma experiência tão seca em toda a minha vida. e olha que morei em los angeles, que tem um clima desértico também.
a cidade é algo estranho, quadrado, certinho. me senti dentro de um jogo, daqueles de tabuleiro, que a gente joga o dado e anda algumas casas para frente, sabe? por aí.
gastronomia brasiliense: nada mal, sabia? na verdade, devido ao nível das pessoas que vivem lá, capricham bem, inclusive no serviço.

primeiro jantar: (na verdade, o primeiro, primeiro mesmo, sem comentários, porque foi em uma área de comes e bebes de um shopping perto do hotel).
então, mudando para:

primeiro jantar decente: a nossa trupe de comunicólogos foi para o pontão (acho que era esse o nome). uma concentração de bares e restaurantes à beira do lago. tudo artificial, mas impecavelmente natural. escolhemos um restaurante interessante. tinha mais cara de barzinho e o curioso é que tinha uma loja de antiquários no meio dele. daí o nome: bar antiquário (ou seria café antiquário...?). o ambiente era bom e o que gostei mesmo, foi do dvd do george benson que estava passando quando chegamos.
cardápio interessante. pratos diferentes, que me despertaram a curiosidade. pedimos um vinho tinto nacional (que não tinha) e optamos por outro nacional também. creio que foi um da casa valduga cabernet sauvignon. muito bom.

o caso do escondidinho de bacalhau: pedimos um escondidinho de bacalhau com purê de batata doce. diferente, não? pois é. muita coisa diferente no menu. só que havia mais do que bacalhau escondido no escondidinho. logo que peguei a primeira colherada, tiro de dentro um pedaço de plástico grosso. daqueles que não derretem no fogo, sabe? devia ser da embalagem do bacalhau. o garçon, super solícito, educadíssimo, soltou um: “jesus crist (não foi um jesus cristo, mas um “jizas craist” em inglês mesmo)”, na hora e levou o escondidinho para o chef.
obs. para quem não sabe o que é escondidinho: como o próprio nome diz, é algo escondidinho. explico: alguma carne (que fica por conta da imaginação de quem faz), que pode ser carne de sol (comum aqui na bahia), camarão, carne seca ou até bacalhau, coberta com uma camada de purê que normalmente é de mandioca, mas pode ser tmb de batatas ou batatas doces. vai ao forno com um pouco de queijo ralado ou queijo muzzarella em pedaços e pronto! um ótimo aperitivo.
voltando ao plástico. o educadíssimo e bilíngüe garçon retorna à mesa e diz que trará outro sem o complemento indigesto.


outras entradas: acho que tinha bruschetta com tomates frescos e manjericão e algum outro que não me recordo, mas tudo muito gostoso.
o segundo escondidinho chegou e o educado garçon fez questão de dizer que não seria cobrado. adorei essa parte! muito primeiro mundo!

pratos principais: ai, ai... memória... sinto muito, mas o prato que eu pedi foi tão tão, que só me lembro dele. quando li no cardápio, sabia que teria que ser ele mesmo. ele olhou para mim, eu olhei para ele e foi amor à primeira vista.
nome: penne com molho de gorgonzola, pêra e nozes. como resistir?? e era melhor do que eu imaginava. indescritível! será meu próximo desafio master: reproduzi-lo, tal e qual. chegarei lá.
para fechar a noite, tomei um tchai, que é algo que não se vê em qualquer lugar.

tchai trata-se de um chá com leite à moda hindu. a receita que me ensinaram no japão foi a seguinte:
pitadas de canela, noz moscada, cravo (que pode ser usado inteiro, uns 2 cravinhos), dentro de uma medida de leite para uma de água (pode reduzir para meia de água, caso prefira mais cremoso. eu prefiro.), uma colher cheia de chá preto e açúcar a gosto. mexer tudo em fogo fraco para incorporar bem o sabor e o cheiro. após levantar fervura, esperar mais uns minutinhos e tirar do fogo. aí é só peneirar e beber quentíssimo. pode colocar uma canela em pau para servir. fica bonito gostoso.


pois é, ainda por cima, tinha tchai neste restaurante. divino!
voltei para o hotel feliz da vida. verdadeiramente realizada. não há nada que substitua uma boa noite gastronômica (tudo bem, há, vai, mas deixa para lá...).

domingo, setembro 17, 2006

noivado em sampa parte III - terça (aniversário do noivo)

terça-feira, dia 5 de setembro. aniversário do meu noivinho!!
planejei tudo. acordamos de manhã e, sem tomar café (detalhe importantíssimo), fomos ao mercado municipal!! adoro aquele lugar!
café da manhã: sanduíche de mortadela (aqueeeeele sanduíche famosíssimo) comido pelo andré e eu fiquei com um de pernil.
compramos ingredientes para o jantar de aniversário que claro, seria um jantar à moda japonesa. ostras, salmão, atum,...
cardápio do jantar de aniversário:
entrada: sashimi de salmão e de atum e ostras frescas;
prato principal: sukiaki
o sashimi de salmão, da mesma forma que o de atum, por ser uma carne vermelha e gordurosa, tem que ser cortado mais grosso que os de carne branca.
as ostras, é só abrir e temperar com limão, sal (ou shoyu) e uma gotinha de molho de pimenta.
sukiaki: carne cortada em tiras finas (pode ser filet mignon ou alcatra), acelga cortada em pedaços grandes, cebola em rodelas grossas, alho poró, cebolinha (ambos cortados em pedaços grandes), tofu em quadrados, udon (macarrão grosso japonês), shiitake, shimeji (ou qualquer outro tipo de cogumelo que não seja o champignon em conserva); sakê para cozinha, açúcar, sal e shoyu.
normalmente, se faz na mesa, com um fogãozinho portátil em uma panela própria que é um tipo de frigideira de ferro.
colocar manteiga com pedaços de gordura da carne e fritar para sair o gosto da carne;
acrescentar os pedaços de carne e refogar;
colar shoyu, açúcar, sakê e uma pitada de sal;
acrescentar aos poucos as partes brancas da acelga e as cebolas (a idéia é ir colocando pelas verduras mais duras);
colocar aos poucos as outras verduras, deixando somente o udon de fora (deverá ser colocado somente no final, pois chupa muito o caldo);
estando cozido, servir com arroz branco e para os japas (ou os que quiserem experimentar o jeito japa de comer), ovo cru (onde deverá ser passado o conteúdo do sukiyaki antes de ingerir).
a sobremesa foi o bolo de aniversário comprado na brunella, de massa folhada. divino!!

noivado em sampa parte II - domingo/segunda

domingão e nada melhor num domingão na casa do seu fuji que uma boa churrascada! quem conhece, sabe que o velho fuji adora um churrasquinho, aquele que começa cedinho e termina beeem tarde.
churrasquinho básico, com as carnes vermelhas de praxe e uns franguinhos trazidos pela amiga de longa data azilda. temperei também umas costelinhas de carneiro (segue a receita):
costelinhas de carneiro (acho bom deixá-las inteiras e cortar somente na hora de comer. mantém a umidade e o sabor);
tempero: alho, cebola, hortelã, salsinha, coentro, sal e pimenta do reino à gosto;
sugiro lavar as costelinhas com limão antes de temperar. picar todos os temperos e deixar marinando por algumas horas. o ideal é prepar de véspera para melhor pegar o gosto. aí é só deixar no fogo dourando dos dois lados.
cardápio de churrasco em casa é sempre a mesma coisa: salada de maionese com batatas, oniguiri (bolinhos de arroz bem no estilão japa, que é para não perder as raízes), além de uns pedaços de sashimi do dia anterior (cortados na hora, é claro). parece cardápio de rodízio, mas é coisa da família mesmo.

segunda: foi o dia de passar muito frio nas ruas de sampa e almoçar na liberdade. fomos no gombe comer udon. nada de mais. um udonzinho básico, beeem básico mesmo. mas deu para esquentar.
nota para quem não conhece udon: trata-se de uma sopa de macarrão grosso, de trigo, com caldo de peixe. os complementos podem ser diversos. o tempurá é o mais comum. é como se fosse um empanado de legumes e camarão que é colocado sobre a sopa de macarrão, servido em uma cumbuca grande. aquece bem a alma.

noivado em sampa parte I - sábado


finalmente estou de volta!
10 dias fora de casa leva um tempinho para reorganizar tudo e poder sentar para escrever sobre os acontecimentos.

levei andré para conhecer minha família e ficar noivos lá. já tínhamos noivado em salvador com a família dele. como o blog é gatronômico, não entrarei muito em detalhes sobre a viagem em si (que a única coisa próxima a gastronomia foi o fato de ter virado o estômago com a turbulência do avião - conto por e-mail para quem se interessar em saber maiores detalhes), mas irei diretamente ao que interessa.

bom, para poder comer tudo que gostaria em sampa, teria que ter ficado pelo menos um mês, almoçando e jantando coisas diferentes. com pouquíssimos dias, tive que pensar em uma estratégia adequada para a situação.

sábado: chegamos de manhã (após chacoalhar no ar por algumas horas) resolvemos ir com meu pai ao mercado para comprar algo para o almoço. são paulo, comida japonesa, tudo a ver.

cardápio do almoço: sashimi de atum de entrada e como prato principal, carapau (aji em japonês, acho) grelhado. bom, ensinar como se faz sashimi (peixe cru) não tem como. há todo um detalhe no corte, que tem que ser feito com uma boa faca no lugar certo, etc, etc. enfim, o único toque que posso dar é que no caso de ser atum, as fatias têm que ser cortadas grossas. peixes de carne branca devem ser cortados bem fininhos. uma questão de sabor.
o peixe grelhado foi limpo e separado em filés. depois, colocado sal grosso em ambos os lado e grelhar. só isso e o peixe fica maravilhoso. claro que na hora de comer tira-se o excesso de sal grosso. o sabor fica perfeito. comendo com arroz branco japonês, é o que há de comidinha caseira.


no sábado à noite, já foi o jantar do noivado. foi num restaurante italiano na vila mariana chamado innominato. pequeno, aconchegante e tudo de bom. não conseguiria agora dar as receitas do que comemos, mas pelo menos digo o que foi para todos ficarem com água na boca para ir lá e provar pessoalmente:
entrada: torradinhas com alho;
salada: folhas verdes com palmito e alcachofras com molho de mostarda;
pratos quentes: penne com molho de manjericão, tomate fresco, muzzarella de búfala e penne à romanesca (molho branco);
carnes: mini polpetones recheados e grelhados na brasa ao molho mostarda e
saltimboca de frango (escalopes de peito de frango recheados com tomates secos e mussarela);
sobremesa: torta mousse de chocolate
tudo isso regado a um bom vinho tinto e um lambrusco (que ganhamos dos donos do restaurante) acompanhando a sobremesa.


enfim, um sonho!

quem quiser o endereço do restaurante, me escreva que eu providencio, ok? vale a pena e além de ser aconchegante e saborosíssimo, acreditem, é barato!