segunda-feira, setembro 18, 2006

in brasília parte I

sampa foi a maior correria, mas foi bom.

os próximos dias, foi em brasília, onde participamos no intercom (encontro nacional da área de comunicação).

brasília, cidade seca, seca, seca. nunca tive uma experiência tão seca em toda a minha vida. e olha que morei em los angeles, que tem um clima desértico também.
a cidade é algo estranho, quadrado, certinho. me senti dentro de um jogo, daqueles de tabuleiro, que a gente joga o dado e anda algumas casas para frente, sabe? por aí.
gastronomia brasiliense: nada mal, sabia? na verdade, devido ao nível das pessoas que vivem lá, capricham bem, inclusive no serviço.

primeiro jantar: (na verdade, o primeiro, primeiro mesmo, sem comentários, porque foi em uma área de comes e bebes de um shopping perto do hotel).
então, mudando para:

primeiro jantar decente: a nossa trupe de comunicólogos foi para o pontão (acho que era esse o nome). uma concentração de bares e restaurantes à beira do lago. tudo artificial, mas impecavelmente natural. escolhemos um restaurante interessante. tinha mais cara de barzinho e o curioso é que tinha uma loja de antiquários no meio dele. daí o nome: bar antiquário (ou seria café antiquário...?). o ambiente era bom e o que gostei mesmo, foi do dvd do george benson que estava passando quando chegamos.
cardápio interessante. pratos diferentes, que me despertaram a curiosidade. pedimos um vinho tinto nacional (que não tinha) e optamos por outro nacional também. creio que foi um da casa valduga cabernet sauvignon. muito bom.

o caso do escondidinho de bacalhau: pedimos um escondidinho de bacalhau com purê de batata doce. diferente, não? pois é. muita coisa diferente no menu. só que havia mais do que bacalhau escondido no escondidinho. logo que peguei a primeira colherada, tiro de dentro um pedaço de plástico grosso. daqueles que não derretem no fogo, sabe? devia ser da embalagem do bacalhau. o garçon, super solícito, educadíssimo, soltou um: “jesus crist (não foi um jesus cristo, mas um “jizas craist” em inglês mesmo)”, na hora e levou o escondidinho para o chef.
obs. para quem não sabe o que é escondidinho: como o próprio nome diz, é algo escondidinho. explico: alguma carne (que fica por conta da imaginação de quem faz), que pode ser carne de sol (comum aqui na bahia), camarão, carne seca ou até bacalhau, coberta com uma camada de purê que normalmente é de mandioca, mas pode ser tmb de batatas ou batatas doces. vai ao forno com um pouco de queijo ralado ou queijo muzzarella em pedaços e pronto! um ótimo aperitivo.
voltando ao plástico. o educadíssimo e bilíngüe garçon retorna à mesa e diz que trará outro sem o complemento indigesto.


outras entradas: acho que tinha bruschetta com tomates frescos e manjericão e algum outro que não me recordo, mas tudo muito gostoso.
o segundo escondidinho chegou e o educado garçon fez questão de dizer que não seria cobrado. adorei essa parte! muito primeiro mundo!

pratos principais: ai, ai... memória... sinto muito, mas o prato que eu pedi foi tão tão, que só me lembro dele. quando li no cardápio, sabia que teria que ser ele mesmo. ele olhou para mim, eu olhei para ele e foi amor à primeira vista.
nome: penne com molho de gorgonzola, pêra e nozes. como resistir?? e era melhor do que eu imaginava. indescritível! será meu próximo desafio master: reproduzi-lo, tal e qual. chegarei lá.
para fechar a noite, tomei um tchai, que é algo que não se vê em qualquer lugar.

tchai trata-se de um chá com leite à moda hindu. a receita que me ensinaram no japão foi a seguinte:
pitadas de canela, noz moscada, cravo (que pode ser usado inteiro, uns 2 cravinhos), dentro de uma medida de leite para uma de água (pode reduzir para meia de água, caso prefira mais cremoso. eu prefiro.), uma colher cheia de chá preto e açúcar a gosto. mexer tudo em fogo fraco para incorporar bem o sabor e o cheiro. após levantar fervura, esperar mais uns minutinhos e tirar do fogo. aí é só peneirar e beber quentíssimo. pode colocar uma canela em pau para servir. fica bonito gostoso.


pois é, ainda por cima, tinha tchai neste restaurante. divino!
voltei para o hotel feliz da vida. verdadeiramente realizada. não há nada que substitua uma boa noite gastronômica (tudo bem, há, vai, mas deixa para lá...).

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